Os falsos moralismos presentes em nossas sociedades em contradição aos preceitos da Constituição Federal

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Hoje na sociedade é comum sempre ouvirmos falar na defesa dos direitos dos menos favorecidos, direitos dos homossexuais, cotas raciais nas Universidades Federais etc. Mas será que essa é a maneira correta de combater os preconceitos? A Constituição Federal de 1988 nos diz claramente em seu artigo 5º que independente de qualquer coisa, somos todos iguais.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

Abaixo disso, vem elencado inumeros Direitos e Deveres daqueles que se são iguais, são as nossas garantias constituicionais. E sendo assim qual motivo de ainda algumas pessoas se dizerem prejudicadas?

Uma minoria que sempre se julga sofrer preconceitos são os afro-descendentes. Esses pela própria história que tem em nosso país não mereciam de fato a postura que a sociedade os dão, são pouco valorizados no mercado de trabalho, o que lhes acarreta baixos salarios, sub-empregos. Por esses fatores se consideram em alguns casos, excluídos da sociedade, alguns ja nem tentam ingressar no mercado de trabalho porque de ante-mão já imagina que não será bem quisto num possivel emprego. Novamente seguindo por essa corrente, os filhos dessas pessoas vão estudar em escolas publicas e como sabemos, o ensino público no Brasil vai de mau a pior e acarreta a dificuldade desses afro-descendentes de ingressarem em uma universidade publica. Ai entra em ação nossos "poderosos e humanos" legisladores, criando a Cota Universitária para Negros e Índigenas, onde as Universidades publicas tem que destinar um numero de vagas para negros e índios. Pronto, resolveram o problema da falta de educação superior dos negros e indios. Mera piada. Primeiro por ferir com uma faca a Constituição Federal. E segundo como será que esses cotistas serão vistos em uma universidade sabendo que possivelmente entraram com uma classificacao mais baixa que outros que foram eliminados por serem "brancos"? Lógico que não são com todos os negros que acontecem isso, há alguns, mesmo que ainda muito poucos, que são valorizados e reconhecidos em seu trabalho. Mas ainda para o Governo, mais vale ferir a Constituição do que dar uma educação pública mais digna para seu povo.

Outro fato de extrema curiosidade são os homossexuais. Esses sim se dizem totalmente injustiçados pela sociedade brasileira. Sua união estável não é facilmente reconhecida, isso dificulta e muito a vida dos gays, pois assim quem tem, por exemplo, beneficio a um plano de saúde no seu emprego, nao pode colocar seu companheiro como dependente, novamente ferindo a constituição e seu artigo mencionado acima. Com isso aparecem diversos grupos, chamados de simpatizantes da causa gay, que vem defender os direitos dos homosseuxais, em geral são pessoas heteros que fazem parte desse grupo de simpatizantes. Acusam um ou outro de serem homofóbico, e isso de homofobia tomou conta do Brasil na edição do Big Brother Brasil, tudo porque colocaram 3 homossexuais na casa e eles bateram de frente com uma pessoa que não simpatizava com essa ideia. O problema é que diversas vezes os próprios gays eram preconceituosos com esse não-simpatizante, seria isso uma "hetero-fobia"? Agora se vocês perguntarem a esses heterossexuais, simpatizantes das causas gays, se eles aceitariam tranquilamente se seus filhos assumissem a homossexualidade, obviamente que não, não é um padrão natural do ser humano aceitar esse tipo de coisa, mesmo se dizendo um simpatizante, logico que talvez com o tempo possa vir a aceitar, mas somente com o tempo.

Quando será que a sociedade vai abrir mão desses falsos moralismo de dar "cotas" para negros e indios e falar de causas gays? Temos uma Carta Magna que garante toda essa igualdade de Direitos, porque não colocarmos tudo isso em prática? O Governo Federal tem que ver que não se faz sombra tampando o sol com a peneira. Tem que ser consistente em suas atitudes e mostrar que acima de qualquer coisa no Brasil, vale a Constituição.

(Rafael Vitoreti)

2 comentários:

Pedro Igor Guimarães disse...

Concordo com relação aos falsos-moralismos. Nossos políticos se utilizam de medidas como cotas (bem como PROUNI, FIES) e etc PARA GANHAREM VOTOS, se fazendo de ''bons moços''. Não preocupam-se em reformar o ensino fundamental e médio, temas base de nossa situação educacional falha. Por quê? Crianças não votam, no máximo seus pais. Quando se adotam medidas citadas acima, abrangem-se os pais bem como o jovem, que, por sua vez, pode votar. Ou seja, ganham um voto a mais! É uma estratégia eleitoreira. Tanto que deixaram para reformar o Fies nesse ano, ano eleitoral. Mas esses são programas essenciais e muito justos, concordo!, embora feitos a partir de raciocínio politiqueiro.

Pedro Igor Guimarães disse...

Continuando, tanto somos habituados aos falsos-moralismos, que, basta pensar no seguinte: quantos protagosnistas negros temos na TV? Quantos? E, dentre os que existem, percebam se eles valorizam seus traços negros? Não! Geralmente as mulheres negras famosas fazem ''chapinha'', para terem cabelos lisos como o dos ditos ''padrões de beleza''. Não vemos negros que valorizam suas raízes negras. Que defendam a cor de suas peles, a origem de sua raça. O mesmo ocorre com os obesos. Quantos são os protagonistas obesos das novelas que, em tese, retratam nossa sociedade? Hoje, nos preocupamos em discutir o que é ''politicamente'' correto. Tanto que não podemos falar raça negra mais, e sim afro-descendentes. Não podemos mais perguntar sobre o sexo da pessoa, e sim do seu gênero (masculino ou feminino). Incluem hoje um terceiro sexo, que seria o homossexual. Perguntar ao homossexual sobre seu sexo masculino, para esses, é ofensivo. Será? Há necessidade dessas discussões? Aonde chegaremos com elas? Chamar um negro de negro não poderia ser ofensivo. Todos somos iguais em boa parte das coisas. Devemos ter direitos iguais à saúde, a moradia, a salários dignos. Se nos preocupássemos em reunir pessoas em movimentos pró-SUS adequado, pró-Políticos justos, pró-fim da hipocrisia da TV e outros meios de comunicação, estaríamos em situação melhor. Mas insistimos em reunir milhões de pessoas nas ruas apenas em movimentos pró-assuntos, ao meu ver, menos importantes para nossa situação atual. Nossa sociedade está sofrendo com vários problemas, mas nos preocupamos, e vemos expostos na mídia, apenas movimentos de menor relevância rumo a um país melhor. As diferenças existem entre os seres e devem sempre existir; negros, brancos, homens, mulheres, homossexuais devem ser respeitados, mas perdemos tempo demais discutindo coisas como o que é ou não politicamente correto, por exemplo. Mas não vemos que boa parte dessas discussões já o são, ou, se não as queremos definir assim, devem ser no mínimo caracterizadas como desnecessárias para o momento.